Reunião do irmão Líder com escritores, homen de letras e parlamentarios europeus, e estadounidenses afiliados do Auditorio Verde Mondial
Reuniao do Irmao Lider com escritores,intelectuais, parlamentares
europeus e norte-americanos afiliados ao AUDITORIO VERDE MUNDIAL.
O LIDER: Bem-vindos a Libia, e obrigado por terem viajado ate aqui.
Formulei um apelo a professores, pensadores, politicos, parlamentares
e membros de centros de pesquisa social, politica e economica do mundo
e lhes pedi que viessem a Jamahiriya, ingressassem no Auditorio Verde,
aprendessem e olhassem com seus proprios olhos as aplicacoes da
democracia popular direta. Ademais, membros da Duma da Russia,
professores de Universidades russas e pensadores responderam tambem ao
convite.
Vieram ao Auditorio Verde, onde celebramos uma reuniao similar a esta.
Agora, o senhores nos honram com suas presencas ao responder ao nosso
convite. A isso sinceramente vos agradeco. O fato de que tenham vindo
ate aqui, a partir de regioes tao distantes demonstra o interesse que
os senhores tem pela busca do conhecimento e da verdade. Eh isso que
se necessita. Devemos buscar a verdade sem nocoes preconcebidas de
ordem racial, religiosa ou de outra indole. Creio que o Livro Verde,
que constitui um guia para a luta dos povos para alcancar a democracia
popular direta e o socialismo popular, e objeto de uma atitutde
racista e irracional preconcebida por parte de governos ditatoriais e
arbitrarios. Naturalmente, essa atitude carece de fundamento
cientifico e eh irracional.
Responde a motivos politicos ou a controversias entre Estado como, por
exemplo, o antagonismo a Al Gadafi com relacao a causa da liberacao e
outras causas semelhantes.
A atitude hostil para com a Terceira Teoria Universal eh a politica
que assumiram alguns dirigentes e governos, mas que os senhores
corajosamente romperam esse embargo.
Estao aqui, na Libia e no Auditorio Verde. Essa e a diferenca entre os
eruditos e intelectuais livres de complexos racistas, que contrariam
totalmente a logica, a ciencia e a imparcialidadee. Lamentavelmente,
os governos arbitrarios impedem que as pessoas leiam o Livro Verde.
Estamos convencidos de que o conteudo do Livro Verde indicara o
caminho definitivo que o mundo havera de recorrer para alcancar a
democracia e para a solucao do problema socio-economico atraves do
estabelecimento da democracia popular direta das massas, ou seja, o
sistema de massas e do socialismo popular. Ao contrario, se o Livro
Verde nao for estudado os povos fracassarao, terao que recorrer a
longos caminhos e perderao muito tempo ate poder chegar a solucao
desejada. Mas, vao alcancar a solucao com o Livro Verde ou sem ele,
porque isso eh inevitavel.
A posicao das massas esta adquirindouma base mais ampla e sua
magnitude esta aumentando. Soube ser individual e natural, mas agora
converteu-se em uma oposicao ampla e massiva. E como uma piramide cuja
base se torna cada vez maior ate que se convertera numa linha
horizontal. A marcha das massas ate o poder e ate a eliminacao da
opressao e da exploracao nao se detera na metade do caminho, mas
indubitavelmente chegara a seu destino..
Nao pode ser estatica, e um movimento constante e incessante. Isto e
inevitavel. O programa que temos diante de nos mostra que a base da
piramide continuara aumentando ate que a piramide se converta numa
linha horizontal, e entao as massas assumirao o poder e adquirirao sua
parte da riqueza. A questao do poder e da riqueza se manifesta muito
claramente diante de nos, no mundo atual.
O poder esta nas maos dos governos e nao dos povos, em todas as partes
os povos sao regidos pelo governo. Palavras tao aborrecidas como ” o
governo”, “o povo”,
” o governante” e “governado” ocupam seu lugar sem quaisquer
escrupulos; nao ha mais vergonha no mundo. Agora, se fala do
“governante” e do “governado”, e daquele que e responsavel. Em outras
palavras, fala-se daquele que e responsavel e daquele que nao eh.
E aquele que nao eh responsavel eh um escravo.
Todos sabem, inclusive no mundo da escravidao, que o escrava nao eh
responsavel, senao que seu dono o eh. Agora, se fala de funcionarios
responsaveis, mas quem sao eles?
Sao os governantes. Mas, e o povo? O povo eh responsavel? Eles dizem: ” NAO”.
Eles nao dizem ” voce eh responsavel”; dizem ” o dirigente eh
responsavel…o funcionario responsavel deste Estado…os funcionarios
responsaveis deste Estado”.
Mas, o resto nao eh responsavel, porque eh escravo, e, na verdade,
aquele que eh escravo nao eh responsavel; a palavra ”
responsabilidade” nunca se utiliza com relacao a um escravo, senao em
relacao ao seu dono, e esse eh o motivo que envolve a existencia dessa
terminologia no mundo atual. Costuma-se dizer:
” Me reuni com um grupo de funcionarios responsaveis da Italia…Me
reuni com um grupo de funcionarios respeitados da India…Me reuni com
um grupo de responsaveis funcionarios de tal Estado…Me reuni com o
principal funcionario responsavel de tal Estado. Me reuni comum
funcionario responsavel de outro Estado…Sao todos donos, os que sao
responsaveis. Quando alguem se refere a um funcionario responsavel,
quer dizer que se reuniu com um dos governantes ou com o principal
governante. Os outros nao sao responsaveis porque sao cidadaos, ou
seja, escravos, dai a origem das expressoes
“funcionarios responsaveis” ou ” funcionario responsavel”. Trata-se de
alguem que eh responsavel pela gestao dos assuntos dos escravos. Eles
ao seus escravos, e ele eh responsavel por esses escravos. Essa eh a
verdade que descobrimos quando discorremos sobre a situacao atual. A
verdade eh que, agora, os cidadaos sao escravos em todas as partes do
mundo, e ha alguem que se ocupa deles, que eh o governo.
Trocam cortesias,mensagens,felicitaco
es e outras coisas similares e
dizem: ” o governo, o povo, o governante e o governado”, o que
significa que nao eh o povo que governa, senao aquele que eh
governado.
“Dou gracas a seu Governo e ao seu povo pela calorosa hospitalidaede…”
Dou os parabéns ao governo e ao povo por terem sido anfitriões da conferência”.
Esta expressão é aborrecível, porque é uma expressão autocrática que carece de igualdade, despoja ao povo de sua soberania e da sua dignidade e tudo o atribui ao governo e ao funcionário responsável. Isto se pratica sem nenhuma vergonha, já que as forças fixadas no trono da autoridade no mundo são as forças que contam com os recursos que lhes permitem manter uma atitude desafiante, arrogante e insultante.
O que impera no mundo hoje é a teoria ditatorial, que se denomina democracia moderna ou democracia representativa; mas não é democracia. Está integrada por políticos e empresários que são os capitalistas que possuem a riqueza. Essa riqueza é o que lhes permitem colocar no poder quem eles queiram. Entretanto, existe uma aliança entre os que possuem o poder financeiro e os que possuem o poder político, enquanto o povo se vê privado deste potencial político e deste potencial econômico.
Por exemplo, e especialmente nos países ocidentais, se fala da liberdade de imprensa, e se diz que a imprensa é livre. Isto é um engano, uma distorção e uma falsidade. É absolutamente falso, já que não existe imprensa livre e os pobres não podem publicar um jornal. Os jornais são publicados por corporações, e os ricos são os donos dos jornais.
Essa classe fundou esses jornais para que respondam a seus interesses. Então, os jornais estão manipulados, controlados e obrigados a seguir uma certa política, e não são livres. Ser livre é seguir qualquer direção e poder dizer qualquer coisa, mas esses jornais foram fundados por certas forças para que respondam a seus interesses. Com isso, são servis, e estão ao serviço de seus amos.
Também se fala que existem eleições e que o povo elegeu seus representantes. Isso é uma distorção da verdade, e o povo é inocente ao respeito. As empresas e os ricos são os que criam os representantes, já que uma pessoa pobre não pode ser membro do Congresso, do Parlamento ou da Câmara dos Lores em nenhum Estado. Uma pessoa pobre não pode chegar a ser membro do Parlamento, publicar um jornal ou chegar a ser governante.
Essas funções são monopólios do dueto político-econômico, os capitalistas e os políticos criados pelos capitalistas para que estejam a seu serviço. Os políticos são regidos pelos capitalistas que os criaram isso é evidente. Por exemplo: se fala que o Presidente Fulano de Tal tem o apoio das companhias petroleiras,
o que significa que foi criado pelas companhias petroleiras e que chegou à Presidência para defender os interesses dessas companhias. As vezes, se diz que o Presidente Fulano de Tal está contra as empresas petroleiras e a favor da indústria do ferro e do aço, porque essas foram as empresas que conseguiram que chegara à Presidência para defender seus interesses. Dizem então que as empresas petroleiras são desafortunadas, porque o ganhador conta com o apoio das empresas de ferro e de aço;
e as vezes se diz o contrário. Toda outra atividade econômica que possua um poder financeiro efetivo pode criar um
presidente, um congresso, um parlamento ou um governo que operem a favor de seus interesses. Esta classe capitalista é a dona da imprensa, da que se diz falsamente que é livre, Quando na verdade não é; é escrava do capitalista que é dono da imprensa.No geral essa imprensa gera publicidade e influencia na opinião pública a favor de um candidato ou de outro.
Na verdade, tudo o que nos dizem a nós, ao senhores e ao mundo a respeito da existência de democracias e liberdades não é verdade. Al contrário, na atualidade as sociedades, em especial as ocidentais, são perigosamente ditatoriais. ¿Por que? Os partidos governantes não são verdadeiros partidos integrados por cidadãos, por gente normal. São uma força política que goza de apoio econômico e conta com todos os meios. Controlam o exército, a policia, a imprensa e o capital, e, além disso, controlam o poder decisório. Em outras palavras, essa é uma das ditaduras mais execrável, que não deixa margem para nenhum tipo de liberdade. Em todos os lugares , ano atrás ano, os povos estão descobrindo essa verdade.
Cabe observar, por exemplo, faz alguns anos quem ia votar constituíam o 70% da população, mas que ao ano seguinte passaram a ser o 50%, e posteriormente o 30%. Na
atualidade, nas eleições celebradas em alguns Estados, a participação de alguns núcleos foi de apenas 3%, e no melhor dos casos chegou a 10%. Isto é uma prova de que os cidadãos normais recusam o sistema, porque é um sistema arbitrário, ditatorial e inútil. Exploram o cidadão com o fim de dotar de legitimidade aos ditadores, os capitalistas e os exploradores. Essa é a única função do cidadão. Se lhe diz: “¡Dote o senhor de legitimidade a este ditador! O único que queremos do senhor é que tome este papel e o coloque aqui”, para que assim possam adquirir legitimidade, porque sem eleições ninguém pode reclamar o cargo de Presidente nem de Primeiro Ministro, já que lhe perguntariam: “Quem nomeou o senhor?”
Na atualidade, as pessoas não participam na nomeação do Presidente ou do Primeiro Ministro, mas a necessita para aduzir que a pessoa tenha sido eleita Presidente ou Primeiro Ministro. Dessa maneira, se dirigem ao povo e lhe pedem que forme fila em um dia determinado, e que deposite seu voto em urnas que foram designadas para esse fim. O cidadão trata esse pedaço de papel da mesma maneira em que trata um pedaço de papel higiênico que arremessa ao cesto de desperdícios depois de ter-lo usado.
Essa é exatamente a maneira em que coloca esse papel, já seja na urna ou no cesto de desperdícios. Alguns vão como se estivessem indo ao mercado ou a uma caminhada pela praia. Se lhes fala: “Hoje há eleições”, e então eles dizem: “Muito bem, vou matar o tempo durante uma ou duas horas pegando um pedaço de papel e depositando-o na urna”, da mesma maneira que se estivesse indo ao zoológico,à praia ou a um café. Chegamos a isso… Agora a maioria já o sabe, e então não vai. No terceiro mundo, é sabido que ao cidadão que vota tem se pago um preço. Se existem eleições, isso quer dizer que se compram votos. “Toma um dólar e deposita teu voto na urna”. Em outras palavras, é um processo de compra e venda.
Alguns talvez se perguntem: “Já que hoje haverão eleições, posso depositar um papel em uma urna e receber em troca um dólar, em vez de ficar em casa e não receber nada”. A compra de votos já é algo bem conhecido. Os que não tem dinheiro não podem questionar as eleições. Nós, os donos das empresas que queremos este presidente para que defenda nossos interesses, cobrimos esses gastos e aduzimos que temos colaborado para sua campanha.É ridículo que o próprio candidato acuda a votar por si mesmo e diga: “Me postulei a mim mesmo”. Esta é uma das farsas da teoria da representação. Se o povo está presente, por que teremos que ter representantes que atuem em seu nome?
Qual é a justificação do fato de deslocar o povo deliberadamente e substituir por quem o vá representar? Se costuma dizer: “Aonde vamos reunir o povo, se nesta sala cabem apenas 100 pessoas? Dado que o povo está integrado por 100 milhões, façamos que eleja a 100 pessoas para que o representem nesta sala, porque a sala é muito pequena para que caibam todo o povo, e apenas cabem nela 100 pessoas”. O povo pode reunir-se então em grupos de cem pessoas por vez em todos os lugares do país até que todos os seus integrantes tenham sido incluídos.
Por que relaxar e aceitar que essa seja a única sala? Construamos mil salas como essa,nas que o povo possa se reunir em congressos para decidir o que quer. Logo os secretários dos congressos podem reunir-se, levar consigo as decisões dos respectivos congressos – nos que esteve representado todo o povo, homens e mulheres – e combinar a promulgação das decisões adotadas pelo povo e redigir em essas reuniões.
As vezes, existe uma certa confusão. As vezes estamos falando com alguém e fazemos referência os congressos populares e a democracia popular direta, e nos diz: “Nós temos parlamentos, igual que os senhores”. Não eu quero explicar a principal diferença que existe entre os parlamentos e os congressos. Os parlamentos são órgãos escolhidos pelo povo, os congressos estão integrados pelo povo propriamente dito.
Por conseguinte, quando falamos de um parlamento nos referimos a um órgão escolhido pelo povo, mas quando falamos de um congresso nos referimos ao povo, todo o povo. Por exemplo, no sistema Jamahiriy (de massas) de Libia, os congressos populares incluem a todo o povo, homens e mulheres adultos que são juridicamente responsáveis, e eles são os que governam.
O congresso popular é igual que o congresso; sendo que em determinado país existe um congresso, em Libia existem 400 congressos, o que reflete o número de habitantes, e todo o povo está presente nos 400 congressos. ¡Imaginem! Em um país existe um parlamento e os senhores chegam a Libia e se encontram com 400 parlamentos.Por que? Porque todo o povo é membro desses 400 parlamentos.
Entretanto, qualquer coisa que se decida é o povo que decide, e não os representantes do povo. Naturalmente, em nome da representação o povo foi separado e lentamente excluído do governo e de sua gestão, e substituído por outro meio, que, como já havíamos dito, responde ao dinheiro e a outros fatores semelhantes.
Na verdade, o perigo não está na exclusão da democracia dentro do país, no fato de que o regime seja ditatorial e arbitrário ou de que o cidadão careça de livre determinação, se não no fato de que essa elite que governa em nome do povo, já se trate de representantes ou do governo, e que foi criada da maneira que já explicamos, pode enfocar uma ameaça não para si se não para o mundo e para a paz mundial. O perigo consiste em que uma pessoa possa decidir declarar a guerra ou a paz, destruir ou não destruir o mundo, invadir ou não invadir.
O perigo consiste em que esses governos de estilo hitleriano nos ameaçam e ameaçam nossa vida. Ameaçam nossa paz e nossa segurança da mesma maneira em que Hitler enfocava uma ameaça, porque contava com a força mais poderosa da época. Era um individuo que governava por si mesmo, que começou com uma turma, um ministro de propaganda e um ministro de defesa, e que chegou a por em perigo a paz mundial e gerou uma ameaça genuína. Agora existem indivíduos que possuem bombas, míssil, aeronaves e armas químicas e bacteriológicas. Isto é muito grave, porque essas armas de destruição em massa estão sob o controle de um grupo de indivíduos. Em todas as partes as pessoas se manifestam contra a guerra. Querem paz, e não a guerra. Apesar disso, estourou a guerra, se mobilizaram as forças e morreram crianças. Onde está a democracia então?
Será que o povo que se pronunciou contra a guerra não tem representantes? Se os representantes tivessem representado o povo, haviam objetado a guerra, mas se apoiaram nos governantes, e por conseqüência não representaram o povo. Então, a representação é uma fraude. Ficou demonstrado que os representantes não representam o povo.
Os representantes não atuam em nome do povo. Em geral, todos estão acossados pela crise, a crise do governo, da democracia e do sistema econômico.Mesmo que o senhor se reúna com muitos presidentes, eles não lhe dizem que estão bem. Sabem que estão sofrendo uma crise muito grave. Dizem: “Não sabemos que instrumentos necessitamos. A política está em crise. Não sabemos como nos relacionamos com os cidadãos nem como ocupar-nos de nossa tarefa”.
O cidadão normal tem rejeitado a economia, a política e todos os processos vigentes.
As massas expressam suas aspirações, seus desejos y suas opiniões – como no caso das “massas de Seattle” – ilhadas de seus representantes e de seus governos. Milhões de pessoas, sem ter em conta as fronteiras, marcham para fazer-se ouvir, para dar a conhecer suas opiniões e para expressar sua rejeição. Em todas as partes os governantes são perseguidos por manifestações, os trabalhadores organizam greves e reclamam seus direitos. Enquanto à economia, a crise se há exacerbado e tem colocado em perigo a totalidade do sistema de produção capitalista, o que a impulsionado aos governantes a buscar soluções para salvar, o que resulta evidente.
O positivo é que na Europa, nos Estados Unidos ou no Canadá algumas empresas que eram propriedades de uma só pessoa agora são empresas públicas. Como já tínhamos destacado, essa é a solução inevitável. O que se diz no Livro Verde é inevitável. Sem ler o Livro Verde, com o passar do tempo e através da luta se chegará a esta solução.
No âmbito econômico, as principais empresas capitalistas tem começado a transformar-se em empresas públicas, porque ao contrário estariam condenadas a morrer. Os trabalhadores estão começando a reclamar seus direitos, o que significa que impedem que o proprietário da empresa lucre as custas deles, ele fundou a empresa para explorar-los, para colher beneficio e para acumular capital.
Isto tem levado em forma automática a uma solução, já que os próprios trabalhadores passaram a ser acionistas da empresa. Se o senhor vai ao mercado de valores, verá que as ações da empresa cotam publicamente; a empresa que soube ser propriedade de uma só pessoa pode ter passado a ser propriedade de um milhão de acionistas. Isto significa que o socialismo é uma solução que se impõe, e que não tem fracassado nem está morrendo, apesar do que dizem. Já ao contrário , o que está morrendo é o capitalismo; está morrendo dia atrás dia.
É inútil aferrar-se a ele; é uma perda de tempo. É como manter viva a uma pessoa com meios artificiais. Que sentido tem aferrar-se a esses sistemas artificiais se o paciente está clinicamente morto? Isto é exatamente o que sucede com o capitalismo e com a teoria da representação. Aferrar-se a eles é o mesmo que manter a alguém com vida por meio de sistemas artificiais. Agora, existem empresas privadas que estão começando a transformar-se em empresas públicas, e, em última instância, verão que só prevalecerá o socialismo popular, que será abordado no segundo capítulo do Livro Verde.
Entretanto, agora o chamam capitalismo popular, como o chamavam Thatcher, porque não eles não gostam da palavra “socialismo”. Não importa que o chamem capitalismo popular ou socialismo popular. Inclusive em Libia é possível falar de capitalismo popular. O que importa é que o povo é o dono do capital, o que significa socialismo. Nos fica agora o problema político, já que se segue promovendo a representação do povo. Em termos gerais, o problema político ainda não se a resolvido, e ainda persiste a crise política. Já comprovamos que os povos e os parlamentos que aduzem terem sido eleitos pelo povo não estão em sintonia.
O mundo sofre hoje uma grave crise, que é a crise do Iraque. É uma guerra de devastação e genocídio é uma ameaça a paz e um esbanjamento dos recursos do mundo, e se queima petróleo dia após dia. É uma guerra que os povos tem rejeitado, e que os parlamentos tem se apoiado. Então,para que serve convocar outro parlamento para esses povos, e celebrar outra eleição para um parlamento dessa índole, se o parlamento não representa o povo? Deveríamos abolir o parlamento e defender a vontade do povo. Mas como fazer para permitir que o povo governe? É evidente que o povo pode governar através dos congressos populares e dos comitês populares. Em lugar de ter um congresso ou um parlamento, haverão congressos ou mil parlamentos, que darão cabimento a todo o povo.
As estruturas dentro das quais estamos funcionando são tão obsoletas que já não podem adaptar-se as novas realidades. Os povos marcham até o poder e querem governar. A velha estrutura do governo e do parlamento está caindo diante desta nova realidade. Todo o povo vai ingressar a esta estrutura, que é muito estreita para um governo e um parlamento. Esta estrutura vai explodir, e tem que explodir.
Até a riqueza é um monopólio em uma estrutura confinada a um punhado de capitalistas. Agora, os povos querem a parte da riqueza que lhes corresponde, e todos poderão ter acesso a estrutura, e com isso se derrubará a velha estrutura do capitalismo individual. Um só individuo seria o dono de uma empresa e contrataria um milhão de trabalhadores com o fim de incrementar seus benefícios explorando-os e despojando-os do fruto de seus esforços. Essa estrutura vai cair, porque esse milhão quer sua parte da empresa. Todas estas observações são provas práticas e materiais da validade da teoria do Livro Verde, a Terceira Teoria Universal. Nos tranqüiliza saber que existe uma solução que aparece em um livro, o Livro Verde.
Se estudarmos esse livro, e se as pessoas o estudassem, chegaríamos rapidamente a uma solução e evitaríamos este prolongado sofrimento. Se não o estudarmos, de qualquer maneira vamos chegar à solução que se prescreve no Livro Verde, mas chegaremos através do sofrimento, depois de ter recorrido um longo caminho e pagado um elevado preço. Agora o Conselho de Segurança das Nações Unidas, em cujas reuniões só podiam participar seus 15 membros, se vê obrigado a permitir que Estados não membros assistam aos debates.
A recomendação mais recente foi formulada este mês em uma cume da Assembléia Geral das Nações Unidas. Naturalmente, não entraram em um acordo a respeito da idéia de ampliar o Conselho de Segurança mediante a adição de novos membros, e mantiveram sua dimensão atual, mas recomendaram que o Conselho continuasse permitindo a participação do maior número possível de Estados não membros em suas reuniões, porque o mundo já não vai permitir que 15 membros decidam seu destino, e a paz, e a guerra. Disseram: “É verdade. Vamos permitir que em cada reunião falem alguns Estados não membros”.
Isto demonstra que inclusive a velha estrutura do Conselho de Segurança está começando a rachar, porque todos querem concordar com essa estrutura; e isto é apenas o começo. Uma sala como esta só pode albergar a cem pessoas, mas lá fora existem mil pessoas que querem ingressar.
Muito bem, vamos deixar passar a dez, logo a vinte, logo a trinta, porque queremos resolver o problema dos que estão fora da sala. Porque se entram vão destruir as instalações, quebrar as janelas e causar tal confusão que não vamos poder trabalhar. Uma vez que entrem as mil pessoas e destruam a sala, haverá que construir uma nova sala que albergue a mil pessoas. Isto é o que está acontecendo, o que significa que as velhas estruturas vão cair diante dos novos desafios que vão expor as massas.
O Irmão Líder dirige-se aos Estudantes da Universidade de Oxford sobre a África no século XXI
Boa noite a todos. Agradeço aos organizadores deste encontro com a faculdade, aos estudant…