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Discursos - 27 February، 2024

Enderecamento do Irmão Líder para os alunos e professores da Universidade de Meiji, Japão

Bom dia para meus filhos e filhas estudantes da Universidade Meiji e ao estimado corpo docênte desta universidade distinta. Gostaria de agradecer ao Professor Fukuda pela preparação deste encontro e por suas palavras introdutórias. Gostaria também de agradecer à Universidade por seu interesse em assuntos da África.
Em suma, a África, infelizmente, é um continente que tem sido devastado pela era da escravidão, do colonialismo e pela atual era da exploração estrangeira e interferência em assuntos internos. A África é um continente que tem sido violado, torturado e virado ao avesso pelas maldades dos outros especialmente dos brancos, racistas e colonialistas. Ela agora está sendo saqueada pela empresa ocidental e sionista de exploração. Lamentavelmente, a África vive na miséria. A África é vítima de uma doença, o atraso, a desertificação e a seca que resultam da emissão de gases de efeito estufa nos países industrializados. O aquecimento global que é um resultado direto da poluição afetou a África de forma adversária. Todos os poderosos consideraram a África uma presa fácil. Eles estão brigando por ela.
A América está usando grande poder na África. Ela está buscando bases militares. Ela está falando sobre as descobertas de petróleo e sua proteção pela força, como se esta terra não tivesse povos, donos e nem futuro. Ao contrário da América, a China usa de poder brando. Parece que o objetivo da China é a de despopularizar a África, a fim de transferir a sua própria população para ela. A África tem uma área de 32 milhões de quilômetros quadrados e sua população é menos de um bilhão de pessoas. Isto leva a pensar que há espaço na África para o excesso de população da China ou da Índia. Infelizmente, esta é a uma invasão fria a  que a África está sujeita.
O Japão não tem excesso de população para transferir para a África, e também não recorre ao poder duro como a América. A América interfere nos assuntos internos, usa a ameaça de força militar, interfere nas eleições e no tipo de governo. Na África, a América prega o que não pratica em seus próprios assuntos dentro os EUA.. Esta é a situação em que África se encontra.

 

O Japão é diferente. Diferentemente da China, ele não deseja exportar pessoas. Ao contrário da América, não é um poder arrogante militar. Japão pode ter uma abordagem suave, benéfica na sua cooperação com a África. Infelizmente, há um elemento muito importante aqui. Sempre evitei abordar este elemento com os meus amigos japoneses, para não constrangê-los. Eu sempre falo com franqueza, e coloco os fatos a vista dos povos do mundo mas não recorro a sutilezas em questões de importância vital. Quando eu falo sobre o Japão, estou ciente de que eu iria dizer coisas embaraçosas sobre um assunto delicado. É por isso que eu tenho até evitado as entrevistas com a mídia japonesa, para não colocar-me ou os meus amigos japoneses em uma situação embaraçosa. No entanto, você me pediu para falar com você e eu sou grato por isso. Devo dizer que o Japão poderia desempenhar um papel útil. Pode se beneficiar da África e de todo o mundo. Eu espero que você me perdoe por ter dito claramente que, infelizmente, o Japão não é um país livre. O Japão caiu sob ocupação americana após a Segunda Guerra Mundial. Infelizmente foi vítima de duas bombas atômicas. Foi aterrorizado por essa arma letal. Foi trazido a seus joelhos. E sucumbiu completamente à esmagadora, e arrogante força militar da América. Desde aquele tempo milhares de tropas americanas tem ocupado o Japão. O número declarado é de 50.000 tropas de soldados norte-americanos na ocupacao do Japão que foram apoiadas pelas bases da força aérea e pela frota americana no Mar do Japão. Desde a Segunda Guerra Mundial, até muito recentemente, o Japão estava completamente sob a dominação norte-americana. Era quase uma colônia dos EUA. A Alemanha estava, em grande proporção, na mesma posição. Ė profundamente humilhante para uma nação grande como o Japão e a Alemanha não ter autoridade sob seu próprio exército, como outros países do mundo. Agora que o Japão tem autoridade de ter suas próprias forças, está proibido de chamá-las de “Exército Japonês” ou “Forças Armadas Japonesas”. Só podem se chamar Forças de Defesa Própria. Esta é uma tentativa deliberada de humilhar o Japão por negar o direito de chamar suas forças armadas, a sua força aérea e sua marinha pelo seu nome próprio e só chamá-las de forças auto-defesa. Isto é um insulto insuportável. O povo japonês é um povo criativo. Eles são capazes de competir com os Estados Unidos no domínio da tecnologia. Eles podem competir com a Europa e China. Eles são um grande povo que devem viver com respeito e cabeça erguida.

 

É estranho que os japoneses parecem ser amigos próximos dos americanos. Os EUA usaram bombas atômicas contra o Japão. Os efeitos dessas bombas continuam a prejudicar os japoneses até hoje. Como você pode ser amigo daqueles que usaram bombas atômicas contra você, te insultaram em plena vista de todo o mundo e impuseram a restrição mais humilhante à você? Como você pode ser amigo de quem matou seus pais e avós? Eu não estou pedindo que a inimizade prevaleça entre os Estados Unidos e o Japão. Isso nunca foi minha intenção. No entanto acho que é bizarro ouvir que o Japão é amigo e aliado da América. Esta amizade, se ele realmente existe, só pode ter sido imposta pela força. Não acredito que haja amor pela América no coração dos japoneses. Eu não posso acreditar que o Japão é aliado dos Estados Unidos. Canadá ou México poderiam ser aliados dos Estados Unidos. Mas o Japão é um país do Extremo Oriente. Poderia ser um aliado da China, Rússia e as Filipinas. Não é possível ser um aliado da América, a menos que a aliança tenha sido imposta por força. Recentemente, após a derrota eleitoral do Partido Liberal, livros foram escritos e as vozes foram ouvidas perguntando quando é que o Japão vai se livrar da hegemonia americana sobre ele e quando vai dizer não? Esta evolução é uma prova que tem havido um despertar no Japão e na tentativa de restaurar a sua dignidade ferida. É uma questão de profundo pesar para mim que o avanço tecnológico, a superioridade do Japão e a capacidade criativa do seu povo não tem sido capaz de liberta-lo ou de restaurar a sua dignidade. Continua a ser uma colônia americana e um lacaio americano. As bases militares americanas deveriam ter sido evacuadas. O Japão deveria se igualar a América. O Japão deveria ser livre para produzir armas para  autodefesa. É claro que me oponho as armas e apoio totalmente o desarmamento. Eu apoio totalmente a campanha de uma de suas escolas para o desarmamento e da paz. No entanto, se a América tem proclamado para si o direito de adquirir armas nucleares, o Japão, mais do que qualquer outro país, deve ter o direito de possuir tais armas. Deve ter um dissuasor nuclear, para não ser atacado por essas armas nunca mais. O Japão precisa se livrar da dominação americana e se tornar um país verdadeiramente independente, com forças próprias para autodefesa e para defesa da paz mundial. A menos que faça isso, vai ser difícil para o mundo se beneficiar plenamente da superioridade tecnológica do Japão e sua capacidade criativa. O Japão carece de fontes de energia e riqueza internas, mas goza de espantosa capacidade criativa. Japão precisa de fontes de energia e matérias-primas do exterior. Se ele não for mestre de seus próprios assuntos, sua liberdade de movimento é drasticamente reduzida. Eu sigo de perto a política do Japão. Eu posso dizer que o Japão não adere à posição das Nações Unidas, a menos que a posição é do gosto dos EUA. Isso é humilhante. Por exemplo, o Japão pode ter interesses com a China, Índia, Coréia do Norte, a Rússia ou a Líbia, mas os EUA quer que a ONU tome uma posição contra um desses países. O Japão age contra seus próprios interesses e as relações com aquele país. Ele é forçado a tomar uma atitude contra esse país só para apoiar a posição norte-americana. Assim, ele serve à política americana as custa de suas relações com outros países. Vamos supor que o Japão importa petróleo da Líbia. Ele precisa deste petróleo. Agora, suponha que os EUA está tomando uma posição contra a Líbia na ONU. Irá com certeza pedir para que o Japão assuma a mesma posição. Não é do interesse do Japão estar contra a Líbia, pois importa petróleo dela. Mas os Estados Unidos diz com vigor: “Eu não me importo com os interesses do Japão. Minha única preocupação são os interesses da América. Japão deve votar a meu lado, mesmo à custa de seus próprios interesses com a Líbia “. Este é apenas um exemplo. É verdadeiramente lamentável. Em consequencia, os interesses vitais do Japão são ameaçados pois é um satélite americano.
Vejo que o mapa do mundo está sendo redesenhado. Dê uma olhada no mapa. Lá você tem a UE, que está se tornando um único Estado com uma moeda única. Poderia ter um exército unificado, um banco central único e uma política externa unificada. Estamos trabalhando no desenvolvimento de um único Estado na União Africana. A América do Sul também. Deve haver uma união ou um espaço novo que engloba algo semelhante a um Estado único. Ao norte dela, há o espaço NAFTA, que irá desenvolver em algo semelhante a um estado que engloba os EUA e o Canadá. Do outro lado da Ásia, existe a Federação Russa, que é um Estado gigantesco. Assim como o outro gigante: a China. Há o agrupamento que inclui a Índia, Paquistão, Bangladesh, Butão, Nepal, Sri Lanka e Maldivas. No futuro, quando a inimizade entre a Índia e o Paquistão for dissipada, ele também vai se tornar um único Estado. Então teremos ASEAN com seus dez membros, que também está em movimento para se tornar um Estado. Isso deixa o Japão e as duas Coréias isolados. O que será deles? O mundo está sendo formado neste curso e onde vai estar o Japão? Não é por si só um espaço gigantesco e deve ser uma parte de um espaço. Se não tivesse havido nenhum problema entre as duas Coreias, por um lado, e entre a Coreia do Norte e Japão, por outro lado, os três países poderiam ter formado a sua própria entidade. De um modo geral, há um ponto de interrogação sobre o lugar do Japão no mapa do futuro do mundo. Onde vai ficar o Japão? Não é uma parte de qualquer das entidades gigantes que compõem esse mapa, como a ASEAN, a União Europeia, União Africana, NAFTA, a América do Sul ou de qualquer outra entidade. Você precisa pensar sobre essa questão: onde vai ficar o Japão? É claro que o maior desejo da América é que o Japão não pense sobre o seu próprio futuro e continue a ser um satélite americano para que ele possa continuar a ser utilizado como reserva para os Estados Unidos na ONU e outros fóruns internacionais. As forças americanas estão lá para aterrorizar e intimidar o Japão. Estão lá para lembrar que o Japão deve manter a linha e que qualquer desvio irá resultar em um ato semelhante ao que ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial. O Japão deve se lembrar que essas forças estão lá. Esta é a triste realidade.

Obrigado por ter levantado esta questão. Eu acredito que eu tenha tentado responder às suas perguntas ainda que resumidamente. Agradeço os meus filhos e filhas, os alunos e o professor Fukuda. Estou pronto para responder qualquer pergunta que possa ter.

 

– Professor Fukuda: “Muito obrigado, Senhor Líder”.

– Um estudante: “Eu tenho uma pergunta para o ilustre líder Al-Gathafi. Os países africanos têm recursos naturais abundantes. No entanto, a taxa de crescimento no continente é muito baixa. Qual é a causa desse fraco desempenho econômico? ”
– O Líder: “Eu já respondi a essa pergunta, meu filho. Eu disse que a África está em um estado muito atrasado, devido à época da escravidão, a era do colonialismo no passado e pelo atual era da exploração estrangeira e interferência nos seus assuntos internos. Ela é afetada pela mudança climática. Os países industrializados destroem o clima e os efeitos nocivos, tais como a desertificação e a seca, se sucedem na África. Disse também que o Japão poderia ajudar a África se fosse mestre de seus próprios assuntos. No entanto o Japão não é livre para administrar suas relações com outros países por causa da dominação da América. Isto é o que eu disse. Esta é a causa. ”

 

– Um estudante: Recentemente, a administração de Obama decidiu aumentar as tropas de combate americanas no Afeganistão. Eu acho que o aumento não será útil. Eu acredito que a situação no Afeganistão continuará a deteriorar-se e ela se tornará uma areia movediça. Eu pessoalmente me oponho a esse aumento. Qual é a posição do distinto líder?

 

– O Líder: “Obrigado. A situação é muito clara. O Presidente Obama já anunciou que vai retirar as tropas do Afeganistão em 2011. A decisão parece ter sido tomada. O aumento ou diminuição das tropas não significa nada. A retirada será em 2011. Ele usou a retirada de 2011 como uma justificativa para o aumento e expedição de mais 30.000 soldados para o Afeganistão. É certo que os generais foram os que aconselharam Obama a fazer isso. Na ciência militar que existe algo chamado “cobrindo a retirada”. Quando quiser retirar um determinado ponto, é preciso intensificar bombardeios e ação ofensiva nessa frente, a fim de distrair o inimigo e para não permitir a sua retirada da folha. Os 30 mil soldados enviados por Obama tem a finalidade de cobrir a retirada militar e estratégica do Afeganistão.
Eu acredito que Obama é diferente dos outros presidentes norte-americanos brancos. Ele condenou a guerra de Vietnam. Ele também condenou a guerra no Iraque e a considerou uma guerra errada. Ele anunciou que vai retirar as tropas do Iraque. Isso nunca foi dito por um presidente americano antes. Eu gostaria que ele dissesse a mesma coisa sobre o Japão e retirasse suas tropas dele. Ele precisa dizer que o Japão é um país livre e que a América não deveria ter o ocupado depois de atacar com bombas atômicas. Eles justificaram a sua presença no Afeganistão pelo ataque em Nova York em 11/09. No entanto, ele disse que não vai ser o guardião do Afeganistão, nem vai defender a sua segurança. Ele condenou o governo do Afeganistão e declarou que é um governo corrupto. Ele disse que o Afeganistão deve ser responsável pela sua própria segurança e que só irá ajudá-lo a isso. Achamos tudo isso muito lógico. Toda a sua análise e abordagem à política internacional tem sido bastante lógica até agora. Sinto-me confortável com a política do Obama. Eu tive as minhas disputas com seus antecessores, que atingiu o nível de guerra aberta durante a presidência de Reagan. Obrigado pela pergunta.
– Um estudante: Eu li o Livro Verde. Nele, há algo sobre a diversidade dos recursos da educação. O que você quer dizer com isso? E qual é o objetivo principal do processo de educação? Há atualmente um debate no Japão sobre o processo de educação. Você poderia nos dar alguns exemplos sobre o objetivo principal desse processo?

– O Líder: Eu sei que o Livro Verde refere a educação, mas sua pergunta não é muito específica. Eu não compreendo perfeitamente o que você quis dizer.
[O Líder procedeu à leitura do capítulo 3 do seu Livro Verde sobre a educação]. Educação não é currículo rígido e materiais categorizados que os jovens, sentados em fileiras, como vocês agora, são obrigados a aprender com livros impressos e durante as horas especificadas. Este tipo de educação que é predominante no mundo agora é o oposto da liberdade. Escolaridade obrigatória que os países se orgulham de impor a sua juventude é uma forma de suprimir a liberdade. É um ato deliberado de sufocar os talentos das pessoas. Ele impõe certas escolhas ás pessoas pela força. É um ato ditatorial que sufoca a liberdade, porque impede as pessoas de fazerem uma livre escolha. Sufoca a sua criatividade e capacidade de brilhar. É um ato ditatorial que força um currículo a certas pessoas. É também um ato ditatorial que força as pessoas a engolir determinados materiais. Escolaridade obrigatória e os currículos pre-estabelecidos são um ato deliberado de tornar o povo ignorante. Países que impõem currículos formais sobre as suas populações são países que oprimem os seus cidadãos. Os métodos de educação que prevalece no mundo precisa ser quebrado por uma revolução cultural que permita libertar as mentes das pessoas e pôr fim ao condicionamento deliberado da inteligência, sensibilidade e gostos das pessoas. Uma leitura superficial da minha declaração seria interpretada como um convite a fechar as portas das instituições de ensino. Seu significado é exatamente o oposto. Minhas afirmações significam que a sociedade deve disponibilizar todas as formas de educação e as pessoas devem ser livres de escolher o conhecimento que eles querem. Se esta é a intenção da sua pergunta posso dizer-lhe que o Livro Verde se opõe a imposição de um currículo formal sobre a juventude de todos os Estados. O Livro Verde defende a disponibilidade de conhecimento para que a juventude possa ser livre para aprender o que eles desejam aprender. Se as mulheres, por exemplo, desejam aprender uma certa disciplina que é mais adequada para a sua natureza, esta disciplina deve estar disponível. As escolas que a ensinam também deve estar disponível. As mulheres devem ser capazes de obter a educação adequada para a sua natureza feminina. Quem quiser aprender alguma coisa deve estar habilitado a fazê-lo. O que acontece agora é que existem currículos pré-determinados, geografia, história e ciências aplicadas, por exemplo. Os alunos são obrigados a aprender essas matérias. No entanto, eu gostaria de ver perfeita liberdade na educação. Suponha que um aluno deseja estudar ciências marinhas, ele não será capaz de encontrá-la nos currículos pré-determinados. Isso está errado. A ciência marinha deve estar disponível nas instituições de ensino. Tem de haver uma escola secundária e universidades que se especializam em disciplinas para que o aluno seja capaz de estudar ciências marinhas desde o início. Outro aluno pode querer estudar ciências espaciais. Por que ele deveria aprender coisas que não estão relacionadas a essa disciplina? Por que ele não pode ir diretamente a ela? Infelizmente, o mundo inteiro agora tem o mesmo currículo para homens e mulheres. Isso está errado. Tem que haver um currículo para os homens e outro para mulheres. A mulher deve ser livre para escolher. Se ela pretende estudar currículos masculinos, ela deve estar habilitada para fazer isso. Se ela não quiser fazer isso, então ela pode escolher o currículo das mulheres que a conduzirá a uma ocupação adequada para sua natureza feminina. Obrigado por sua pergunta.

– Sra. Yaori Ki Kwiki, presidente da Associação da Amizade Líbia – Japonesa: Nosso país, o Japão, é um país bonito. Você tem planos para visitá-lo?
– O Líder: Agradeço-lhe, Senhora. Seu árabe é bem claro. Eu vos saúdo por seu papel como presidente da Associação da Amizade Líbia-Japonesa e pelo reforço dos laços de amizade entre os povos líbio e japonês. Será um prazer visitar o Japão em algum momento no futuro.

– Professor Fukuda: Vossa Excelência, se o senhor decidir visitar o Japão, nós estendemos ao senhor um convite para vir a Meiji University e se endereçar diretamente à nós.

– O Líder: Absolutamente. Se eu visitar o Japão, com certeza vou visitar a sua universidade, se Deus quiser.

– Um estudante: Eu escutei cuidadosamente quando o senhor falou sobre o papel americano no mundo. A minha pergunta é a seguinte: os Estados árabes não foram capazes de resolver os problemas entre palestinos e israelenses. Apesar de seus recursos naturais, do petróleo, e alavancagem, os estados não têm sido capazes de resolver a questão palestina. Por que não?

– O Líder: Você sabe que Israel está sob proteção americana. A Sexta Frota Americana está no Mediterrâneo está lá para proteger o Estado hebreu. Acredite ou não! Existe um estado cuja existência depende da proteção da frota de um país estrangeiro! Nem sequer é um Estado. Do ponto de vista do direito internacional, a existência de Israel é ilegal. Israelenses e palestinos vivem no mesmo pedaço de terra ou seja, a Palestina que está localizado entre o rio Jordão eo Mediterrâneo. Esta é uma terra disputada. Em 1948, a maioria da população, três quartos da população eram palestinos. Menos de um quarto da população eram israelenses.

Eles conseguiram expulsar os palestinos de suas casas e declararam unilateralmente um Estado chamado Israel. Isto é inadmissível nos termos do direito internacional. Ninguém pode juridicamente declarar Estado em um território disputado. Esta declaração e esse Estado não deveria ter sido reconhecido. Foi declarado unilateralmente em um território disputado. Um lado expulsou quatro milhões de palestinos e trouxe imigrantes de todo o mundo para substituir os palestinos. De um ponto de vista jurídico internacional, esta entidade não deveria ter sido reconhecida. Seu reconhecimento é nulo. No entanto, na análise final, o que se chama Israel, é na verdade um protegido dos EUA.. É mais um estado dos EUA.. Quando os árabes lutaram contra a entidade chamada Israel, estavam na verdade lutando contra a América. Isso aconteceu em todas as guerras árabe-israelenses no passado. A América sempre interveio ao lado de Israel e coloca todas as suas capacidades à disposição de Israel. Por quê? Talvez por causa do controle judaico ou israelense nos bancos, o setor financeiro ou a mídia na América estão à disposição dos judeus. Eles colocaram pressão sobre as administrações americanas para que sirva os seus interesses. A América está quase sob controle judaico. Isso é uma coisa. Quanto à solução pacífica, os israelenses não querem. Eles contam com o apoio dos Estados Unidos. Se houver uma votação em um fórum internacional, que caminho seguir? Em favor dos israelenses ou aos palestinos? Se a América pede ao Japão que vote a favor de Israel, ele irá fazê-lo, mesmo que o povo japonês se simpatize com os palestinos. Os israelenses querem evitar principalmente o retorno dos palestinos que foram expulsos de suas casas em 1948 e em 1967, em segundo lugar eles querem exterminar os que permaneceram. Esta é uma política muito clara de Israel.
A solução está no Livro Branco, que eu apresentei ao mundo. As bases dessa solução são o estabelecimento de um único Estado democrático, o regresso de todos os refugiados palestinos às casas de onde foram expulsos e o desmantelamento das armas de destruição em massa de Dimona. Os israelenses possuem centenas de ogivas nucleares. Ninguém no mundo tem dito uma palavra sobre essas armas. Ninguém chamou atenção para o seu desmantelamento.

Ninguém está autorizado a chamá-lo para inspeção. Quando o presidente Kennedy quis inspecionar o reator de Dimona, o assassinaram. É uma obrigação que o arsenal nuclear de Dimona seja desmantelado. É nossa esperança que o Japão use seus bons ofícios com os EUA como vítima de bombas atômicas e de um país amante da paz, o Japão deveria ressaltar para os seus aliados americanos a necessidade de desmantelar as armas de destruição em massa disponível para os israelenses em Dimona.
O Livro Branco que apresentei ao mundo pede a criação de um único Estado democrático sob a condição do retorno dos refúgiados e do desmantelamento de armas de destruição em massa. Esse Estado poderia, então, tornar-se como o Líbano, um Estado multi-racial, multi-religioso. Dessa forma, eles podem viver em paz. Esse estado poderia ser aceito entre os estados árabes e poderia se tornar um membro da Liga Árabe. Com as eleições livres e justas, o presidente poderia ser palestino ou israelense. Isso não será importante. O importante é que os palestinos que foram expulsos devem ser autorizados a regressar. A solução que apresentei no livro é o estado de Isratina. É um nome composto, na primeira parte “Isra” vem de Israel e na segunda “tina” vem do nome da Palestina. Esta é a solução da minha obra. O meu livro branco. Se você o ler, irá achá-lo muito convincente.

– Professor Fukuda: Nós gostaríamos de traduzir o livro “Isratina” na Meiji University e divulgá-lo o mais amplamente possível, no Japão.

– O Líder: Isso seria ótimo. Obrigado.

– Professor Fukuda: Gostaria de saudar o grande líder Al-Gathafi. É nossa esperança que o Centro de Estudos de Paz e Desarmamento na Meiji University contribua para o fortalecimento das relações entre o Japão e a Líbia. Solicitamos ao Grande Líder a gentileza de apoiar os nossos esforços para estabelecer a cadeira “Al-Gathafi para Estudos de Paz”, a ser dedicada ao ensino da teoria do Grande Líder no nosso Centro.

– O Líder: Eu transmito os meus mais sinceros agradecimentos a você, seus colegas e meus filhos, os alunos. Eu também agradeço a sugestão de criar essa cadeira na sua universidade. Eu vou apoiar esse esforço. Eu sou um amigo da sua universidade e espero que vocês me consideram um membro de seu corpo docente. Estou à sua disposição a qualquer momento. Espero que possamos nos encontrar novamente via satélite. Se eu for ao Japão no futuro, o primeiro lugar que eu irei visitar será a Meiji University.

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